Diabo é o título mais comum atribuído à entidade sobrenatural maligna do folclore medieval cristão. O Poder da Igreja que se aliou ao império romano temendo perder seus fiéis para o paganismo, apropriou-se de um elemento de cada deus pagão (vermelho como Marte-deus da guerra, Pan deus dos bosques e pastores, representado com chifres, orelhas e pernas de bode, o Tridente de Netuno divindade das Água a quem os navegantes evocavam proteção) e reuniu-os, para que toda vez que um de seus fiéis olhasse para uma divindade sentisse medo, associando-a ao mito pagão Lúcifer(portador da luz) com as trevas. Este mito sequer existe nas escrituras do Velho Testamento Original (Tanach Judaica).
No Antigo Testamento (AT) o conceito do mal não existe de forma personificada e autônoma em relação a Deus. Na visão monista, característica do AT, a soberania absoluta de Deus não é ofuscada por nada. Deus é o autor de todas as coisas, sejam elas compreendidas como boas ou más pelo ser humano. No AT existem apenas quatro referências ao Diabo como sendo um ser sobrenatural devido ao fato de que a figura de Satã é desnecessária, afinal, Javé é responsável pelo mal. A falta de um dualismo radical entre o bem e o mal explica-se pela exclusividade de Javé. Somente três séculos anteriores à era cristã é que houve tendência de considerar os demônios como seres predominantemente nocivos(antes disto não). O mal é conseqüência da desobediência do homem, logo, não há necessidade de Satã. o Antigo Testamento é permeado por uma visão monista, onde Deus é que garante a ordem cósmica e qualquer ser ou pessoa que pretenda atrapalhar esta ordem, recebe a devida retribuição por sua desobediência.
Neste sentido, pode-se dizer que no Antigo Testamento o mal praticado pelo ser humano traz embutido em si o castigo. Assim sendo, seria correto afirmar que o Deus Javé é o originador de uma série de males em retribuição ao mal praticado pelo ser humano, todavia ele não é o causador do mal em um sentido moral.
Alguns autores se referem ao cristianismo como uma posição intermediária entre o monismo do AT e o "dualismo persa e grego"(que influenciou mais o cristianismo que o próprio judaismo), classificando-o como semi-dualista.
Foi no século IV que São Jerônimo providenciou a versão latina da Bíblia, que empregou o termo Lúcifer (significa “o que leva a luz”) para traduzir a expressão hebraica que corresponde à “estrela da manha”, e “astro brilhante” ou “aurora” e “manha”. A partir de um dos textos de Isaías (Is 14:12-15), o profeta refere-se a uma "personagem histórica concreta", o rei de Babilônia, mas o cristianismo dos pais da igreja tinha como uma de suas regras a "Inversão Teológica" interpretando o Antigo Testamento em função do Novo Testamento e isso fazia com que muitos textos tivessem sua leitura descontextualizada da narração histórica. Mediado por Lúcifer, Satã se transformou no Diabo. Assim sendo, essa narrativa, além de retirar de Deus a responsabilidade pela criação do mal, reafirmava sua onipotência, conciliando monismo e dualismo.
O cristianismo, nos seus séculos iniciais, cumpriu o papel de redefinir os agentes sociais a serem demonizados. Já é possível identificar no Evangelho de Mateus uma estratégia de demonização por parte do cristianismo. Em aproximadamente 80 d.C, conflitos sociais entre o cristianismo do final do século I e o judaísmo rabínico foram interpretados pelos evangelistas cristãos como uma batalha cósmica entre o bem e o mal.
Já em meados do século II, os judeus deixam de ser inimigos sociais e políticos ameaçadores. Sendo assim, os romanos, em função de suas perseguições, passaram a ser identificados como tais.
No século III, a prática do NT de demonizar os adversários políticos já estava incorporada ao cristianismo. Seja pela demonização de adversários políticos (universo extra-psíquico) ou pela demonização das próprias lutas pessoais (universo intra-psíquico) a luta contra o Diabo viria a se tornar uma prática bastante presente no cristianismo.
A Aliança entre o Império Romano e a Igreja Cristã passou então a demonizar e a moldar a figura do Diabo como forma de opor aos deuses romanos (Marte venerado pelo exército, Pan na comunidade agrícola, Netuno entre os navegantes e Hermes o intercâmbio entre Olimpo e os mortais, de certa forma "demonizando" a mediunidade fora da Igrejas e "divinizando" a mediunidade sob as rédeas do império e do clero)
No Antigo Testamento (AT) o conceito do mal não existe de forma personificada e autônoma em relação a Deus. Na visão monista, característica do AT, a soberania absoluta de Deus não é ofuscada por nada. Deus é o autor de todas as coisas, sejam elas compreendidas como boas ou más pelo ser humano. No AT existem apenas quatro referências ao Diabo como sendo um ser sobrenatural devido ao fato de que a figura de Satã é desnecessária, afinal, Javé é responsável pelo mal. A falta de um dualismo radical entre o bem e o mal explica-se pela exclusividade de Javé. Somente três séculos anteriores à era cristã é que houve tendência de considerar os demônios como seres predominantemente nocivos(antes disto não). O mal é conseqüência da desobediência do homem, logo, não há necessidade de Satã. o Antigo Testamento é permeado por uma visão monista, onde Deus é que garante a ordem cósmica e qualquer ser ou pessoa que pretenda atrapalhar esta ordem, recebe a devida retribuição por sua desobediência.
Neste sentido, pode-se dizer que no Antigo Testamento o mal praticado pelo ser humano traz embutido em si o castigo. Assim sendo, seria correto afirmar que o Deus Javé é o originador de uma série de males em retribuição ao mal praticado pelo ser humano, todavia ele não é o causador do mal em um sentido moral.
Alguns autores se referem ao cristianismo como uma posição intermediária entre o monismo do AT e o "dualismo persa e grego"(que influenciou mais o cristianismo que o próprio judaismo), classificando-o como semi-dualista.
Foi no século IV que São Jerônimo providenciou a versão latina da Bíblia, que empregou o termo Lúcifer (significa “o que leva a luz”) para traduzir a expressão hebraica que corresponde à “estrela da manha”, e “astro brilhante” ou “aurora” e “manha”. A partir de um dos textos de Isaías (Is 14:12-15), o profeta refere-se a uma "personagem histórica concreta", o rei de Babilônia, mas o cristianismo dos pais da igreja tinha como uma de suas regras a "Inversão Teológica" interpretando o Antigo Testamento em função do Novo Testamento e isso fazia com que muitos textos tivessem sua leitura descontextualizada da narração histórica. Mediado por Lúcifer, Satã se transformou no Diabo. Assim sendo, essa narrativa, além de retirar de Deus a responsabilidade pela criação do mal, reafirmava sua onipotência, conciliando monismo e dualismo.
O cristianismo, nos seus séculos iniciais, cumpriu o papel de redefinir os agentes sociais a serem demonizados. Já é possível identificar no Evangelho de Mateus uma estratégia de demonização por parte do cristianismo. Em aproximadamente 80 d.C, conflitos sociais entre o cristianismo do final do século I e o judaísmo rabínico foram interpretados pelos evangelistas cristãos como uma batalha cósmica entre o bem e o mal.
Já em meados do século II, os judeus deixam de ser inimigos sociais e políticos ameaçadores. Sendo assim, os romanos, em função de suas perseguições, passaram a ser identificados como tais.
No século III, a prática do NT de demonizar os adversários políticos já estava incorporada ao cristianismo. Seja pela demonização de adversários políticos (universo extra-psíquico) ou pela demonização das próprias lutas pessoais (universo intra-psíquico) a luta contra o Diabo viria a se tornar uma prática bastante presente no cristianismo.
A Aliança entre o Império Romano e a Igreja Cristã passou então a demonizar e a moldar a figura do Diabo como forma de opor aos deuses romanos (Marte venerado pelo exército, Pan na comunidade agrícola, Netuno entre os navegantes e Hermes o intercâmbio entre Olimpo e os mortais, de certa forma "demonizando" a mediunidade fora da Igrejas e "divinizando" a mediunidade sob as rédeas do império e do clero)
Comentários
Postar um comentário